Mudanças no pagamento do IPVA deixa gaúchos revoltados
Nesta segunda-feira (4), o governo do Estado anunciou a impossibilidade de parcelamento e o fim do abatimento por antecipação.
05/11/2019 02:14 por RS Agora
Mudanças no pagamento do IPVA deixa gaúchos revoltados – Revolta foi o sentimento compartilhado por proprietários de veículos diante da notícia de que o IPVA de 2020 terá de ser pago à vista e sem descontos. Nesta segunda-feira (4), o governo do Estado anunciou a impossibilidade de parcelamento e o fim do abatimento por antecipação.
Para os servidores estaduais, a indignação foi ainda maior. Com o salário de outubro pendente e o pagamento do 13º incerto, eles questionam qual a estratégia do governo em proibir o parcelamento de um dos tributos que mais pesam no orçamento de fim de ano.
Poderiam perguntar ao secretário (da Fazenda) como ele quer que paguemos o IPVA em cota única com o atraso e os parcelamentos da folha de pagamento. Que tristeza! — protestou a servidora aposentada Yara Baumgarten, 66 anos.
Assim como Yara, trabalhadores estão recorrendo ao papel e à caneta para recalcular como dar conta das despesas diante do novo método de cobrança.
Pagamento era antecipado para garantir desconto
Aposentada desde 2016, a professora da rede estadual Luiza Helena de Campos, 59 anos, acostumou-se a quitar antecipado o IPVA do seu Fox para garantir desconto. No ano passado, até incentivou familiares a adotarem a mesma postura.
Luiza pediu antecipação do 13º no Banrisul para quitar o IPVA e o seguro do carro. Segundo ela, a dedução no tributo fazia diferença. Nos últimos quatro anos, o parcelamento do seu salário de R$ 3,2 mil fez com que consumisse parte da poupança e recorresse à ajuda de familiares.
Mudanças no pagamento do IPVA deixa gaúchos revoltados – Revolta foi o sentimento compartilhado por proprietários de veículos diante da notícia de que o IPVA de 2020 terá de ser pago à vista e sem descontos. Nesta segunda-feira (4), o governo do Estado anunciou a impossibilidade de parcelamento e o fim do abatimento por antecipação.
Para os servidores estaduais, a indignação foi ainda maior. Com o salário de outubro pendente e o pagamento do 13º incerto, eles questionam qual a estratégia do governo em proibir o parcelamento de um dos tributos que mais pesam no orçamento de fim de ano.
Mudanças no pagamento do IPVA deixa gaúchos revoltados
Poderiam perguntar ao secretário (da Fazenda) como ele quer que paguemos o IPVA em cota única com o atraso e os parcelamentos da folha de pagamento. Que tristeza! — protestou a servidora aposentada Yara Baumgarten, 66 anos.
Assim como Yara, trabalhadores estão recorrendo ao papel e à caneta para recalcular como dar conta das despesas diante do novo método de cobrança.
Pagamento era antecipado para garantir desconto
Aposentada desde 2016, a professora da rede estadual Luiza Helena de Campos, 59 anos, acostumou-se a quitar antecipado o IPVA do seu Fox para garantir desconto. No ano passado, até incentivou familiares a adotarem a mesma postura.
Luiza pediu antecipação do 13º no Banrisul para quitar o IPVA e o seguro do carro. Segundo ela, a dedução no tributo fazia diferença. Nos últimos quatro anos, o parcelamento do seu salário de R$ 3,2 mil fez com que consumisse parte da poupança e recorresse à ajuda de familiares.
— O governo havia dito que pagaria em dia (os salários). Não fez isso e ainda lançou essa bomba — reclama a aposentada.
Impacto será nas compras de fim de ano
Uma das maneiras encontradas pela aposentada Yara Baumgarten, 66 anos, para colocar o orçamento doméstico em ordem foi o parcelamento de despesas fixas. De outubro a janeiro, por exemplo, a ex-servidora da Caixa Econômica Estadual costuma dividir o valor do seguro do carro. Depois, de janeiro a março, o IPVA e, em seguida, o Imposto de Renda.
Neste ano, o improviso encontrado pela servidora para conviver com o depósito fracionado do seu salário líquido de R$ 3,5 mil se tornou inviável.
Mudanças no pagamento do IPVA deixa gaúchos revoltados – Revolta foi o sentimento compartilhado por proprietários de veículos diante da notícia de que o IPVA de 2020 terá de ser pago à vista e sem descontos. Nesta segunda-feira (4), o governo do Estado anunciou a impossibilidade de parcelamento e o fim do abatimento por antecipação.
Para os servidores estaduais, a indignação foi ainda maior. Com o salário de outubro pendente e o pagamento do 13º incerto, eles questionam qual a estratégia do governo em proibir o parcelamento de um dos tributos que mais pesam no orçamento de fim de ano.
Mudanças no pagamento do IPVA deixa gaúchos revoltados
Poderiam perguntar ao secretário (da Fazenda) como ele quer que paguemos o IPVA em cota única com o atraso e os parcelamentos da folha de pagamento. Que tristeza! — protestou a servidora aposentada Yara Baumgarten, 66 anos.
Assim como Yara, trabalhadores estão recorrendo ao papel e à caneta para recalcular como dar conta das despesas diante do novo método de cobrança.
Pagamento era antecipado para garantir desconto
Aposentada desde 2016, a professora da rede estadual Luiza Helena de Campos, 59 anos, acostumou-se a quitar antecipado o IPVA do seu Fox para garantir desconto. No ano passado, até incentivou familiares a adotarem a mesma postura.
Luiza pediu antecipação do 13º no Banrisul para quitar o IPVA e o seguro do carro. Segundo ela, a dedução no tributo fazia diferença. Nos últimos quatro anos, o parcelamento do seu salário de R$ 3,2 mil fez com que consumisse parte da poupança e recorresse à ajuda de familiares.
— O governo havia dito que pagaria em dia (os salários). Não fez isso e ainda lançou essa bomba — reclama a aposentada.
Impacto será nas compras de fim de ano
Uma das maneiras encontradas pela aposentada Yara Baumgarten, 66 anos, para colocar o orçamento doméstico em ordem foi o parcelamento de despesas fixas. De outubro a janeiro, por exemplo, a ex-servidora da Caixa Econômica Estadual costuma dividir o valor do seguro do carro. Depois, de janeiro a março, o IPVA e, em seguida, o Imposto de Renda.
Neste ano, o improviso encontrado pela servidora para conviver com o depósito fracionado do seu salário líquido de R$ 3,5 mil se tornou inviável.
— É revoltante o governo dizer que a mudança é inexpressiva porque apenas 5% da população parcela o IPVA. Dentro desses 5%, certamente estão funcionários do Executivo que recebem parcelado – afirma Yara.
A aposentada ainda não sabe qual estratégia usará para cumprir o compromisso, mas tem certeza de que o principal impacto será nos gastos de fim de ano.
Aposentado poderá atrasar um dos IPVAs
Morador da área rural de Novo Hamburgo, o mecânico industrial Gilnei Kehl, 54 anos, depende dos seus veículos para qualquer necessidade. A área comercial mais próxima, Lomba Grande, fica a 12 quilômetros de onde mora.
Kehl projeta que, em 2020, dificilmente conseguirá pagar os IPVAs da Zafira e da moto que tem na garagem. Um dos dois tributos, que estava habituado a parcelar, deverá ficar atrasado.
Ele é responsável pela única renda da casa. Vive de bicos de consertos em maquinário e de uma aposentadoria de R$ 1,1 mil do INSS.
— Sei que o governo está no aperto, mas a culpa não é minha. Ninguém pergunta se estou no aperto também — diz.
Trabalho em aplicativo comprometido
O motorista Edisson Castilhos, 52 anos, recorreu aos aplicativos em 2017, quando foi recomendado por um primo. Pediu demissão do trabalho de porteiro em um condomínio e colocou o seu Celta para a rua.
Dois anos depois, está arrependido. E a mudança no pagamento do IPVA contribuiu para isso.
Castilhos acha que há gente demais atuando nos aplicativos e que as despesas com o veículo — em muitos momentos, imprevistas – não compensam as 12 horas diárias na direção.
— Preferia estar na portaria – desabafa.
Por causa do salário imprevisível, pediu dinheiro emprestado no ano passado para pagar o IPVA. Como de costume, quitou na data-limite de vencimento, porque “nunca sobra dinheiro”. Agora, foi surpreendido pela mudança e desconhece como pagará os R$ 700 de IPVA dentro de dois meses.
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