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Professores: nova proposta tem salários de R$ 2.886 a R$ 5.049

Projeto mantém possibilidade de que futuros reajustes sejam descontados de parcela autônoma



15/01/2020 22:52 por Eder Calegari, Folha do Noroeste

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Leite, acompanhado de Vivian (E) e Antunes (C), detalhou a nova proposta de reforma do Magistério - Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

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O novo projeto do governo gaúcho para mudar a carreira dos professores, apresentado nesta quarta-feira, 15, pelo governador Eduardo Leite, incorpora o reajuste de 12,84% do piso nacional do magistério em toda a tabela de subsídios anteriormente oferecida. 

Se aprovada, a medida fará com que o salário de entrada na carreira, para 40 horas semanais, seja de R$ 2.886,22, para nível médio, e de R$ 3.030,53 para professores com graduação (formação mínima exigida atualmente). 

Ainda conforme o projeto, o professor com mestrado poderia chegar a R$ 4.634,90. O valor final da tabela é previsto para quem, no auge da carreira, tiver doutorado: R$ 5.049,56. Clique aqui e confira a apresentação em PowerPoint

Principais alterações:

(Todos os valores se referem a uma carga horária de 40 horas semanais) 

>>Graduação

Como é atualmente, com valores do antigo piso do magistério

Os professores em início de carreira com graduação atualmente recebem:

• R$ 2.331,37 de vencimento básico 
• R$ 226,37 de completivo
• Total: remuneração de R$ 2.557,74

Antiga proposta do governo do Estado, protocolada na AL em dezembro, com valores do antigo piso do magistério

O aumento no salário dos professores seria de 19,8% em três anos. O piso do professor em início de carreira com graduação chegaria a:

• R$ 2.852,20 em 2020
• R$ 3.029,04 em 2021
• R$ 3.216,84 em 2022

Com o novo piso do Magistério, caso o novo projeto do Estado não seja aprovado

Os professores em início de carreira com graduação receberão:

• R$ 2.331,37 de vencimento básico
• R$ 554,78 de completivo
• Total: R$ 2.886,15

Com o novo piso do magistério e com aprovação do novo projeto do Estado, apresentado nesta quarta-feira (15/1)

O professor em início de carreira com graduação deixa de receber completivo porque receberá R$ 3.030,53, valor superior ao novo piso do Magistério (fixado em R$ 2.886,15). Isso significa um aumento de 18% com relação ao que recebe o professor em início de carreira com graduação em 2019.

>>Doutorado

Como é atualmente, com valores do antigo piso do magistério

Hoje, o professor em início de carreira que tem especialização, mestrado ou doutorado recebe o mesmo valor de um professor sem pós-graduação. A remuneração era de R$ 2.520,40 e, para chegar ao valor do piso antigo, o professor também recebia um completivo de R$ 37,34, alcançando R$ 2.557,74.

Antiga proposta do governo do Estado, protocolada na AL em dezembro, com valores do antigo piso do magistério

O subsídio subiria para o professor com doutorado no início de carreira para:

• R$ 3.531,30 em 2020
• R$ 3.750,24 em 2021
• R$ 3.982,75 em 2022

Não haveria necessidade de completivo, pois o valor seria superior ao antigo piso do magistério.

Com o novo piso do Magistério, caso o novo projeto do Estado não seja aprovado

O professor em início de carreira com especialização, mestrado ou doutorado recebe:

• R$ 2.520,40 de subsídio
• R$ 365,75 de completivo
• Total: os mesmos R$ 2.886,15 que o professor de início de carreira com graduação receberá.

Com o novo piso do magistério e com aprovação do novo projeto do Estado, apresentado nesta quarta-feira (15/1)

O professor em início de carreira com doutorado (nível 6, classe A) receberá R$ 3.752,09 sem necessidade de completivo, um aumento de 47% em relação à remuneração anterior. Na última classe de doutorado (nível 6, classe F), o subsídio pode chegar a R$ 5.049,56.

O aporte do governo para cumprir o piso do Magistério e a proposta de novos subsídios terão um reflexo de R$ 350 milhões nas contas do Estado em 2020.

Novas vantagens

Além do projeto específico do Magistério, os professores ativos e inativos se enquadram nos PLCs 503 e 505, que prevêem novas vantagens para os servidores estaduais.

Nova alíquota previdenciária
• Para os ativos, cai de 14% para, em média, de 8% a 9%.
• A redução, que significa dinheiro no bolso do trabalhador, já foi aprovada na Assembleia Legislativa.

Aumento do abono família aos professores que têm filhos
• Hoje, é de R$ 44 por dependente.
• Com o PLC 505, passa para R$ 120 por dependente para quem ganha até R$ 3 mil. Para quem recebe acima desse valor, o governo pretende extinguir o pagamento. 

Isenção do vale-alimentação
• Professores que recebem até R$ 2 mil líquidos ficam isentos do estorno do vale-alimentação.

*Editado com informações do Governo do Estado do RS


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