Em um anúncio feito nesta quarta-feira, 26 de julho, o presidente da COOGAMAI, Sr. Izaldir Antonio Sganzerla, decidiu se afastar do cargo por tempo indeterminado. A decisão veio após uma operação policial ocorrida na terça-feira, 25, que resultou na prisão de 15 proprietários de garimpos e empresários, acusados de uso indevido de explosivos em minas de pedras preciosas. Ico Zatti, o vice-presidente, assumirá a liderança da cooperativa. Dezenas de pessoas entre garimpeiros e proprietários de garimpos estavam aguardando do lado de fora da sede da cooperativa para ouvir o anúncio da direção da entidade.

Durante seu pronunciamento, Izaldir mencionou que a mineração em Rio Grande do Sul enfrenta resistência e insinuou que talvez ele tenha sido visto como o culpado, apesar de estar defendendo os interesses da cooperativa. Ele também expressou desejo de que Zatti realizasse um bom trabalho durante seu período de licenciamento.

Ao assumir a responsabilidade, Zatti, um ex-garimpeiro e proprietário de minas, admitiu a complexidade da situação, indicando que a cooperativa enfrenta desafios financeiros. Ele explicou que a COOGAMAI não tem fonte própria de renda, além das taxas pagas pelos proprietários das minas para a legalização e funcionamento das atividades. Ele também mencionou multas aplicadas à cooperativa quando as operações de mineração são penalizadas.

Os garimpos foram fechados após uma operação policial, e a retomada das operações parece depender da construção de um local para fabricação da pólvora a ser distribuida para os garimpos,  Zatti pediu a todos que ajudassem na construção para retomar as atividades de mineração o mais rápido possível.

Os detalhes sobre as acusações levantadas durante a operação policial ainda são vagos, mas Zatti informou que 15 indivíduos detidos ontem responderão por "usurpação de bem da União". Ele também indicou que essa foi a primeira vez que a Polícia Federal esteve envolvida. Após serem ouvidos em passo Fundo todos foram liberados. 

Zatti reforçou que a COGAMAI e sua equipe continuarão a lutar pelos interesses dos garimpeiros e buscarão maneiras de retomar as operações de mineração.

Enquanto a situação se desenrola, a economia local e a comunidade de garimpeiros aguardam ansiosamente pelos próximos desenvolvimentos. A decisão do fechamento dos garimpos afeta diretamente mais de 1.500 garimpeiros e proprietários de minas nos municípios de Ametista do Sul, Planalto, Frederico Westphalen, Rodeio Bonito, Cristal do Sul, Trindade do Sul, Gramado dos Loureiros e Iraí.