Garimpeiros de Ametista do Sul aguardam retomada das atividades
Documentação final para voltar a trabalhar foi protocolada na segunda-feira (30)
02/11/2023 13:29 por Redação
Foto: Divulgação
Garimpeiros de Ametista do Sul e região estão ansiosos pela retomada das atividades, que deve ocorrer em breve, de acordo com Nilvo Antonio Zatti, presidente da Cooperativa de Garimpeiros de Médio e Alto Uruguai (Coogamai). A cooperativa concluiu o protocolo da documentação necessária para voltar ao trabalho, recebendo aprovações de vários órgãos, incluindo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Fundação Estadual de Proteção Ambiental e Agência Nacional de Mineração. A única etapa pendente é a vistoria do Exército para liberar a produção de pólvora, o que permitirá a retomada gradual das atividades nos garimpos aptos.
A Coogamai abrange 8 municípios, Ametista do Sul, Frederico Westphalen, Iraí, Planalto, Trindade do Sul, Cristal do Sul, Rodeio Bonito e Gramado dos Loureiros e conta com 1,4 mil associados que trabalhavam na extração de pedras ametista, calcita, gipsita, zeolita, ágata e quartzo, era extraindo mais de 400 toneladas de pedras por mês.
Os garimpeiros estão parados desde julho, quando uma operação resultou na prisão de 15 pessoas e na suspensão das atividades em mais de 150 garimpos. Isso impactou severamente a economia da cidade, que depende em grande parte do garimpo. O fechamento causou uma redução significativa na arrecadação do município e afetou o comércio local e de municípios vizinhos.
Segundo o prefeito Jadir Kovaleski, somente em Ametista do Sul são cerca de 800 garimpeiros, muitas famílias de garimpeiros se mudaram em busca de trabalho, e as que permaneceram enfrentam dificuldades financeiras. Para ajudar, o município repassou recursos financeiros e distribuiu cestas básicas para as famílias.
O Exército aguarda a documentação da Coogamai para conceder os registros necessários e agendar uma vistoria antes de liberar o retorno das atividades. A cooperativa afirmou que os documentos foram enviados e estão em trâmite.
Além disso, a Coogamai solucionou pendências junto ao Ministério Público do Trabalho, resultando em um acordo que estabeleceu obrigações para a operação segura da atividade garimpeira e o pagamento de R$ 2 milhões por dano moral coletivo em 10 parcelas de R$ 200 mil. Esse valor será destinado a projetos sociais na região de Ametista do Sul.
Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.