Rio Grande do Sul chega a sete óbitos por leptospirose
Conforma a Secretaria da Saúde (SES), os registros referem-se a dois homens, de 56 e 59 anos, residentes em Porto Alegre e Canoas.
30/05/2024 17:52 por Leouve
Episódios como alagamentos aumentam a chance de infecção (Foto: Lauro Alves/Secom)
Mais duas mortes por leptospirose foram confirmados nesta quarta-feira (29) e com isso o Rio Grande do Sul chega a sete óbitos por conta da doença relacionada às enchentes no Estado. Conforma a Secretaria da Saúde (SES), os registros referem-se a dois homens, de 56 e 59 anos, residentes em Porto Alegre e Canoas.
Nos dois óbitos, a confirmação foi possível após o resultado positivo da amostra analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre. O óbito do morador de Canoas foi em 21 de maio, enquanto o da capital ocorreu no dia 23.
Os dados de casos notificados, confirmados e descartados de leptospirose reportados ontem permaneceram inalterados em relação aos reportados na última terça-feira (28) devido ao Lacen estar enfrentando desafios significativos na padronização das informações provenientes de múltiplas fontes de dados, cada uma com seus próprios campos e variáveis, o que dificulta a integração e análise consistente. O cenário torna a validação e consolidação dos dados um processo demorado e complexo.
Leptospirose no RS
- Casos notificados: 2.327
- Casos confirmados: 141
- Óbitos: 7
- Óbitos em investigação: 10
Outras doenças (casos confirmados)
- Tétano acidental: 1
- Acidente antirrábico (AAR): 182
- Acidente com animais peçonhentos (AAP): 28
A leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode vir a estar presente na água ou lama em locais com enchente.
Mesmo que seja uma doença endêmica, com circulação sistemática, episódios como alagamentos aumentam a chance de infecção. Por isso, é importante que a população procure um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios, estes que surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias.
O tratamento com o uso de antibióticos deve ser iniciado no momento da suspeita por parte de um profissional de saúde. Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial. Nos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada.
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