Quase dois anos após o desaparecimento de Alessandra Dellatorre em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, os pais da advogada se pronunciaram sobre a localização do corpo da filha. Eduardo e Ivete Dellatorre usaram as redes sociais para pedir orações em memória de Alessandra. "Agora, nada mais pode ser feito para ela a não ser orar. Esse é o nosso último pedido a todos. Se puderem, tenham ela em suas orações", escreveram.

A Polícia Civil informou nesta terça-feira (18) que a ossada de Alessandra foi encontrada em uma área de mata entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul. A identificação foi confirmada através de exame de arcada dentária.

O inquérito sobre o desaparecimento foi encerrado, e a Polícia Civil agora investiga as circunstâncias da morte. Não há indícios de crime, segundo a investigação. A família mantinha esperanças de encontrar Alessandra com vida e, há duas semanas, ofereceu uma recompensa de R$ 15 mil por informações sobre o paradeiro dela.

"Por mais que a razão apontasse para o pior, a fé e a esperança lutavam para não aceitar. Finalmente, o corpinho dela foi encontrado onde menos se esperava. Passaram-se 23 meses e 1 dia até termos a pior notícia possível", escreveram os pais.

O velório de Alessandra está marcado para a manhã desta quarta-feira (19), com sepultamento previsto para as 15h no Crematório e Cemitério Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.

Alessandra Dellatorre tinha 29 anos quando desapareceu, e a família considerou o dia 16 de julho de 2022 como a data de sua morte. Ela desapareceu após sair para caminhar na Avenida Unisinos, em São Leopoldo, sem levar celular ou documento de identificação. Imagens de câmeras de segurança mostram Alessandra vestindo moletom e calça preta.

O local onde ela foi vista pela última vez é próximo a uma área de vegetação alta. Na época, a polícia, com auxílio de bombeiros e voluntários, realizou buscas pela região utilizando cães farejadores e helicópteros. Cartazes com o rosto de Alessandra foram espalhados pela área. Um ano após o desaparecimento, uma missa foi celebrada em sua homenagem. Guilherme Zagonel, namorado da advogada, expressou seu desejo de reencontrá-la: "É bem estranho. A vida vai seguindo, parece que está na normalidade, mas quando bate aquele 'meu deus, aconteceu mesmo', é uma mistura de sentimentos. Nosso sonho maior é vê-la entrando pelo portão da casa dela, como se nada tivesse acontecido, entrando e dando oi".