Inserido no cronograma de ações sustentáveis da Creluz, foi realizado na tarde de quarta-feira, 18, na sede da Fundaluz, em Pinhal, mais um evento para marcar a importância do Dia da Árvore, celebrado no dia 21 de setembro. Cerca de 200 pessoas participaram, entre lideranças, representantes de entidades e integrantes do conselho da cooperativa.

O presidente da Creluz, Elemar Battisti, esteve presente na programação, e detalhou um pouco do que a cooperativa vem realizando, ao longo dos anos, na área ambiental, de sustentabilidade e conscientização. “A Creluz tem uma trajetória na área ambiental muito longa. Já estamos quase há 20 anos como trabalho realizado no Horto Florestal, e temos uma caminhada na preservação de rios, de canais, de lagos e contra o desmatamento. Temos captação de água da chuva, cerca de 50 espécies nesse momento são cultivadas no Horto Florestal, além de toda as ações de distribuição de mudas”, resumiu o gestor.

Battisti acrescentou ainda que, anualmente, a Creluz realiza um evento para marcar o Dia da Árvore, quase sempre de forma descentralizada. Neste ano, Pinhal sediou o encontro em virtude do período eleitoral. “Estamos vivendo momentos graves devido às mudanças climáticas, como por exemplo, as enchentes e agora as queimadas. Então, é muito adequado promovermos palestras para debater a questão ambiental”, acrescentou Battisti.

A Creluz, além da distribuição de mudas durante o evento, também entregou a cada participante, um folder informativo e interativo sobre a importância da preservação do meio ambiente.

Pequenos hábitos, grandes mudanças

O primeiro palestrante da tarde foi o professor-adjunto nos cursos de Agronomia e Gestão Ambiental da Uergs, unidade de Três Passos, Dr. Robson Evaldo Gehlen Bohrer, que abordou o tema “Sustentabilidade ambiental e os desafios climáticos nos dias atuais”. Conforme o especialista, para tornar o mundo sustentável, cada um pode e deve fazer a sua parte. “O que a gente pode fazer enquanto pessoa ou enquanto empresa para tentar minimizar ou para reduzir esses impactos que muitos agregam? Vamos dar um exemplo: a separação correta dos resíduos. O simples fato de segregar entre o que é seco e orgânico. Economizar a água também, consertando aquela torneira que pinga, desligado a torneira na hora de escovar os dentes, ou ainda, economizando luz, desligando uma lâmpada que fica ligada sem necessidade. Além da economia, eu tenho um ganho ambiental, pois isso interfere nos recursos naturais que tanto precisamos”, ponderou Bohrer.

Agricultura sustentável

A outra palestra ficou a cargo do engenheiro agrônomo e coordenador do curso de Agronomia da URI/FW, Dr. Gelson Pelegrini, que explanou sobre “A agricultura e as mudanças climáticas: a agora, o que fazer?”. “A agricultura está em transformação e as mudanças climáticas já são uma realidade. Nesse contexto, o que nós aqui na região do Médio e Alto Uruguai temos que fazer? Podemos dizer que são ações já aprovadas cientificamente e que nossos agricultores já vêm se adaptando e utilizando ao longo dos anos, mas que precisamos intensificar, por meio da conscientização”, pontuou o professor.