Polícia Civil investiga se morte de jovem em FW foi homicídio doloso ou legítima defesa
Imagens que estão sendo analisadas apontam que pai do autor foi agredido pela vítima antes do crime
31/10/2024 21:41 por Márcia Sarmento, Jornal O Alto Uruguai
(Foto: Marcos Silva/Jornal O Alto Uruguai
A Polícia Civil de Frederico Westphalen deve concluir, em um prazo, incialmente, de 30 dias, o inquérito que apura as circunstâncias da morte do jovem Kauan Tressi Ramos, 19 anos, ocorrida no início da noite de quarta-feira, 30 de outubro, na rua Duque de Caxias, bairro Santo Inácio. O rapaz foi morto a facadas por um homem de 34 anos, durante uma briga que envolveu o autor e o seu pai. Kauan e o agressor eram colegas de trabalho e, segundo o que está sendo apurado pela polícia, tinham desavenças anteriores.
Conforme imagens que foram coletadas pela Polícia Civil, geradas por câmera particular de prédio próximo, Kauan atacou o pai do autor com um tijolo, e o senhor ficou caído no chão. Durante a confusão, o filho pegou a faca que o pai carregava na cintura e desferiu, rapidamente, várias facadas na vítima que caiu, tentou se levantar, mas não conseguiu, morrendo no local. A Brigada Militar foi acionada por moradores que presenciaram os fatos.
O autor foi apresentado na Delegacia de Polícia Civil, ainda na noite da quarta-feira, após ser preso em flagrante pela Brigada Militar, em princípio, por homicídio doloso – quando há a intenção de matar. Após seu depoimento, ele foi liberado. Segundo o delegado Jacson Oiliam Boni, responsável pelas investigações, isso ocorreu porque existe a possibilidade de legítima defesa, o que será confirmado ou não de acordo com o andamento dos trabalhos que envolvem, entre outros procedimentos, diligências e oitivas de testemunhas.
Homicídio doloso x legítima defesa
– A polícia trabalha com todas as possibilidades. Nós vamos verificar, fazer o percurso que essas pessoas fizeram, coletar mais imagens. Já estamos ouvindo testemunhas, pois queremos entender o que havia entre essas duas pessoas. A informação Inicial que temos é que existia uma desavença entre os dois, e queremos saber exatamente qual era o nível desse desentendimento, bem como o trajeto que eles fizeram desde a saída do trabalho até o local do fato. Entendendo tudo isso, vamos poder dizer se realmente se trata de um homicídio doloso, com a responsabilização do autor das facadas, ou se é um caso legítima defesa e se ele atuou dentro dos limites dessa legítima defesa. Ao final dos trabalhos, tomaremos uma conclusão jurídica sobre o caso – esclarece o delegado.
Após a conclusão do inquérito policial, o processo é encaminhado ao Poder Judiciário. Caso o Ministério Público represente pelo homicídio doloso e ocorra a pronúncia pelo Poder Judiciário, o autor deverá ir a júri popular.
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