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Parque Estadual do Turvo faz registro inédito de espécie ameaçada de extinção

O Parque Estadual do Turvo, localizado na região norte, é o maior e mais representativo fragmento de Mata Atlântica do Rio Grande do Sul.



13/07/2020 18:15 por Laura Maria, com supervisão de Vanessa Trindade / Secom

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Registro confirma importância do parque e ressalta a necessidade da conservação de áreas de proteção - Foto: Divulgação / Sema / Ademir Fick

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Em uma das Unidades de Conservação (UC) administradas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), no Parque Estadual do Turvo, houve um registro inédito neste mês de julho: foi visto um animal da espécie cachorro-vinagre (Speothos venaticus).

De acordo com o gestor da UC, Rafael Diel Schenkel, essa espécie, difícil de ser observada em campo, é considerada rara e ameaçada de extinção. O registro foi realizado durante uma atividade de monitoramento de fauna. Dois animais da espécie foram avistados e fotografados pelo biólogo e guarda-parque Anderson Cristiano Hendgen e o estagiário Ademir Fick.

A espécie não consta na lista de mamíferos do Rio Grande do Sul e não havia informações atuais ou históricas sobre sua ocorrência no Estado, o que torna o registro motivo de comemoração pelos pesquisadores.

“O registro confirma a importância do parque e ressalta a necessidade de conservação de áreas de proteção, para que seja possível a manutenção de espécies de fauna, o que também possibilita descobertas relevantes como esta. Dessa forma, podemos ver o principal objetivo do parque, a proteção da biodiversidade, sendo cumprido”, afirma Schenkel.

O Parque Estadual do Turvo, localizado na região norte, é o maior e mais representativo fragmento de Mata Atlântica do Rio Grande do Sul.

Características

O cachorro-vinagre tem pequenas orelhas arredondadas, pernas e cauda curtas e coloração marrom. A dieta é exclusivamente carnívora. A espécie é considerada predominantemente florestal. O cachorro-vinagre está classificado como vulnerável pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio).

Na Mata Atlântica, os únicos registros ocorreram em São Paulo e no Paraná. As principais ameaças à espécie são a perda e a degradação de habitat causada por desmatamento, adensamento humano e doenças como raiva.


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