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Técnicos tentam reduzir nuvem de gafanhotos na Argentina

Praga está em local de difícil acesso e próximo de um rio, o que dificulta os trabalhos de redução populacional e impede o uso de químicos



18/07/2020 10:46 por R7

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Foto: Divulgação/Senasa

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A nuvem de gafanhotos que está localizada na zona rural do município de Curuzu Cuatiá, na Argentina, se movimentou pouco nos últimos dias devido às baixas temperaturas. Contudo, ela poderia aumentar seu deslocamento se as temperaturas voltarem a subir. 

O alerta é do engenheiro agronomo e coordenador do Programa Nacional de Gafanhotos do Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar), Héctor Medina, que complementa que o combate enfrenta dificuldades por causa da localização de difícil acesso.

"Tivemos baixas temperaturas durante os últimos dias e semanas que não permitiram um deslocamento muito importante da praga. E isso tornou as tarefas de controle mais complexas porque estamos trabalhando em zonas completamente inacessíveis", destacou.

Além do local não possuir estradas, parte da nuvem está próxima de um rio, o que segundo o engenheiro, impede o uso de agroquímicos para evitar contaminar a água. Onde é possível usar o veneno, os técnicos o fazem utilizando cavalos para se aproximar da praga.

"Continuamos fazendo um controle terrestre para continuar diminuindo a população da nuvem", explica. Medina afirma que a temperatura deve subir nos próximos dias, o que pode levar a nuvem a deslocamentos maiores, "mas dependerá do vento".

"Em Santa Fé e Entrerios fazendo tarefa de vigilância, e estamos em contato com produtores e autoridades", contou Medina. As regiões são vizinhas da nuvem de gafanhotos.

Nova nuvem

De acordo com o engenheiro, uma nova nuvem de gafanhotos foi localizada por autoridades técnicas do Paraguai. Segundo o técnico, a nuvem tem mais de 30km² e está a aproximadamente 350km de distância da fronteira da Argentina. "Esta nuvem poderia aproximar-se da Argentina, se as condições climáticas são favoráveis", alertou.


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